sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Resumo de Olhos d'água de Conceição Evaristo (parte II)

Maria

Narrador em terceira pessoa, onisciente.
Maria era uma senhora que acabava de voltar do trabalho, feliz por trazer na sacola restos de comida que seus patrões haviam deixado ela levar para casa: frutas que enfeitaram a mesa deles e umas sobras de pernil que ela ofereceria para os filhos. Como seus dois filhos pequenos estavam gripados e os xaropes eram caros, não ia sobrar muito dinheiro para comprar comida e por isso ela aceitava contente aos restos.  
Trazia na mão um corte provocado por uma “faca a laser” que a atingiu enquanto ela cozinhava o tal pernil para os patrões e esperava o ônibus para ir para casa.
Quando o ônibus chegou, Maria deu de cara com um sujeito que fez questão de pagar a passagem dela e sentar ao seu lado: o pai do seu primeiro filho, mas com quem ela nunca teve relação nenhuma.
Sentado ao seu lado, o sujeito cochichava com ela perguntas sobre como estava o menino (filho dele), lamentações por não ter ficado com ela, perguntas sobre a vida dela e em fim pediu que ela desse um abraço no filho por ele.
Logo em seguida o sujeito se levantou, sacou uma arma e anunciou um assalto, junto de outros dois comparsas que sentavam no fundo do ônibus.
Maria temeu perder o único alimento que levaria para os filhos junto de uma gorjeta de mil cruzeiros que tinha juntado, o que era tudo o que tinha, mas nenhum dos assaltantes levou nada dela.   
Terminado o assalto, os três saltaram do ônibus e desapareceram.
Não demorou muito para que um dos passageiros dos ônibus acusasse Maria de ser comparsa dos criminosos.

“ Foi quando uma voz acordou a coragem dos demais. Alguém gritou que “aquela puta safada lá da frente conhecia os assaltantes”. Maria se assustou. Ela não conhecia assaltante nenhum. Ela só conhecia o pai do seu primeiro filho. (...)  Alguém argumentou que ela não tinha descido do ônibus só para disfarçar. Estava mesmo com os ladrões. Foi a única a não ser assaltada.  
(...) Alguém gritou Lincha!Lincha!Lincha! (...) Quando o ônibus esvaziou, quando chegou a polícia, o corpo da mulher estava todo dilacerado, todo pisoteado.”

Maria morreu sem ter culpa de nada, desejando somente que pudesse dizer a seu filho que o pai tinha lhe mandado um beijo.





Quantos filhos Natalina teve?

Narrador onisciente em terceira pessoa. A personagem é uma menina negra, também habitante do subúrbio.
A história começa com uma moça contente por sua gravidez, acariciando a própria barriga.
Mas nem sempre foi assim e não era a primeira vez que Natalina estava grávida.
Na primeira vez que engravidou, o filho era do seu namorado chamado Bilico quando ela só tinha treze anos e a mãe sugeriu que fizesse um aborto na casa da temida Sá Praxades, uma senhora sinistra e de muita idade que colocava medo das crianças dizendo que comia meninos recém-nascidos. Na verdade a velha era quem praticava os abortos do bairro.
Com medo de Sá Praxades, Natalina fugiu de casa e nunca mais retornou. Deu o filho para uma enfermeira que queria a criança.
Na segunda vez que engravidou foi de seu namorado Tonho. Ela não queria o filho, mas Tonho queria e prometeu que se casaria com ela e fariam uma família juntos. Mas Natalina não queria família nenhuma e muito menos se casar, então Tonho prometeu que cuidaria sozinho da criança e assim fez. Quando o menino nasceu, Tonho o levou e nunca mais apareceu.
A terceira gravidez foi um favor que Natalina fez para a patroa. Trabalhava na casa de um casal muito rico que há tempos tentava uma gravidez, mas não conseguia. Então, um dia, a patroa implorou para que Natalina deixasse que seu marido fizesse um filho nela para que eles criassem, disposta a pagar o quanto ela quisesse.  Natalina concordou e deu um filho para a patroa.  
A sua quarta gravidez foi resultado de um crime. Perseguida por assaltantes, Natalina sofreu um estupro. Conseguiu arrancar a arma do criminoso e o matou, mas o resultado do crime foi a sua gravidez, da qual ela decidiu ficar com a criança.


Beijo na face

Terceira pessoa, narrador onisciente.
A história começa com a personagem principal lembrando de carinhos da noite anterior e do beijo na face que recebera.
O conto retrata a história de Salinda, uma mulher perseguida pelo marido, que contratou um detetive particular para persegui-la, crente de que ela o traia com um colega de trabalho.
Salinda namorou com ele quando era jovem, mas eles se separaram. Tempos depois ela teve um filho com um outro homem e anos mais tarde reencontrou esse seu primeiro namorado, que resolveu assumir a criança do outro e se casar com ela. Esse era o seu atual marido, com quem teve mais filhos.
O marido constantemente ameaçava tirar as crianças dela ou se suicidar caso descobrisse alguma traição e a mantinha vinte e quatro horas sob vigia, um verdadeiro cárcere privado.
Mas a tia de Salinda, Dona Vandu, era sua cúmplice e a ajudava em tudo.
Toda vigilância do marido não impedia que com a ajuda de Dona Vandu, Salinda concretizasse seus planos de amor: de fato ela traia o marido, mas não com um colega de trabalho como ele pensava e sim com outra mulher.
Um dia, Salinda chegou em casa e notou que o marido não estava e um silêncio profundo reinava no ambiente. Sentiu muito medo e minutos depois recebeu uma ligação do marido dizendo que já sabia de tudo e que ele contrataria os melhores advogados para tirar a guarda das crianças dela.
Sem ter o que fazer, Salinda se colocou diante do espelho a pensar nos amores que vivia com sua amante: os toques, o amor e o beijo na face.

Luamanda

Luamanda era uma senhora em seus cinquenta anos, que, no entanto, aparentava ser muito mais jovem.  
Havia alguns dias que tinha sido tomada por uma nostalgia intensa e começa a se lembrar de cada um dos amores que já vivera até então, fazendo reflexões sobre a vida e suas experiências de amor.
O primeiro foi quando tinha onze anos e não fez mais do que trocar cartinhas com o dito cujo- a personagem faz sua primeira reflexão: “o amor é terra morta?”.
Aos treze teve segunda paixão,  para quem deu a virgindade tirada em um terreno baldio. Em meio a dor e ao gozo ao mesmo tempo, faz sua segunda reflexão: o amor é terremoto?     
Depois de muitos amores, revela os diversos abortos que sofreu e outros que provocou propositalmente- o amor são lágrimas de dor?- reflete ela.
Mais tarde a personagem revela suas experiências sexuais com outras mulheres, com meninos mais jovens e inexperientes, com homens de diversas naturezas e relete por fim: o amor cabe em um único corpor? 
Revela também a paixão por um homem de muita idade que raramente "funcionava" na hora do sexo e reflete: amor é tempo de paciência?  
"Entre encontros e desencontros, Luamanda estava em franca aprendizagem. Uma aprendizagem por dentro e fora do corpo. A cada amor vivido, Luamanda percebia que a lição encompridava, mas que ainda faltava testes, arguições, sabatinas e que ela sabia só um pouquinho ou talvez nem soubesse nada (sobre o amor) ainda." 

 A história termina com a mulher recebendo mais um de seus amores em casa e refletindo que "talvez o amor não suportasse um tempo de tão longa espera".

O cooper de Cida


Conta a história da personagem Cida, que era viciada em seu trabalho e decide dar uma pausa para si e observar as coisas boas da vida que nunca observara, como o mar e a natureza.

Zaíta esqueceu de guardar os brinquedos 


Conta a história de duas gêmeas, Naíta e Zaíta, que moravam na favela e viviam constantemente ameaçadas pela raiva da mãe que surtava quando as meninas não guardavam seus brinquedos.
Um dia, Naíta e Zaíta disputavam uma figurinha que continha um desenho aromatizado de uma flor.
Naíta pega a figurinha sem que Zaíta perceba e se esconde na casa da vizinha.
Zaíta sai nas ruas a procura de sua irmã e morre em meio a um tiroteio.
Naíta encontra o corpo da irmã quando ainda se lamentava por não ter guardado os brinquedos.

Di Lixão 


Conta a história de um menino de rua apelidado de Di Lixão porque ele gostava de revirar latas de lixo, especialmente quando estava bravo.
Di Lixão acorda com uma estranha ferida na boca.
Tempos atrás ele matou a própria mãe por achar a "velha chata demais".
A ferida se transforma em infecção e o menino morre no meio das ruas.

Lumbiá


Conta a história de um menino que vivia de vender produtos ambulantes, especialmente rosas para casais.
Lumbiá sempre tinha uma estratégia infalível para vender seus produtos e alcançava grande sucesso.
O menino era encantado pelo natal, especialmente pela cena do menino Jesus no presépio.
Sua paixão era tanta que o menino tenta roubar a imagem do menino-Jesus e morre atropelado enquanto fugia com a imagem nos braços.

Os amores de Kimbá


Conta a história do jovem Kimbá, um jovem negro e pobre das favelas cariocas, descontente com a vida que vivia, que acaba se envolvendo em um triângulo amoroso depois que um de seus amigos ricos da zona sul do Rio o convida para um ménage à trois (isso mesmo que você está pensando) do qual ele sai apaixonado pela garota participante, a Beth. O que ele não sabia era que o amigo (homem) que tinha o convidado para a orgia, era apaixonado por ele.
Divido entre o amor de Beth e o amor do amigo, igualmente divididos, eles decidem se suicidar juntos, ingerindo veneno.


Ardoca


Conta a história de um trabalhador carioca, chamado Ardoca, que desde sempre conviveu com os trens cariocas.
Ele decide ingerir veneno e morrer ali, em meio aos vagões de trem que tanto amava.

Resumo de Olhos d'água (parte 1)

Olhos d’água (de Conceição Evaristo)

Olhos d’água é um livro de contos (são quinze contos no total) bem oportunos para o momento: refletem sobre a pobreza, a miséria, a desigualdade social, a violência e a vida de mulheres, negros, favelados e outras diversas personagens envolvidas nesses contextos em dilemas sobre o amor, a vida e a ancestralidade africana. Tudo isso muito conectado com a vivência da própria autora: Conceição Evaristo é uma mulher negra de pais desconhecidos que nasceu numa favela da zona sul de Belo Horizonte e que lutou muito desde cedo para chegar onde chegou- dividia sua juventude entre o trabalho como empregada doméstica e os estudos, conseguindo concluir o curso normal somente aos 25 anos. Mudou-se para o Rio onde foi aprovada em um concurso público para magistério e estudou letras na UFRJ.
Hoje ela é “apenas” professora da UFMG, Mestra em Literatura Brasileira pela PUC do Rio, Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense e escritora de grade renome, iniciando suas obras desde 1990. Seu livro mais famoso, Ponciá Vicêncio (2003), chegou a ser traduzido e publicado nos Estados Unidos em 2007, e também reflete, assim como “Olhos d’água” sobre a discriminação racial, de gênero e de classe.
Bem, vamos aos contos!

Olhos d’água

O primeiro conto recebe o título do livro.
É narrado em primeira pessoa, em um relato pessoal e emocionado de uma personagem feminina e negra (sem revelar seu nome) que se encontra tentando lembrar qual a cor dos olhos de sua mãe.

“E o que a princípio tinha sido um mero pensamento interrogativo, naquela noite se transformou em uma dolorosa pergunta carregada de tom acusativo. Então eu não sabia de que cor eram os olhos da minha mãe?”

A personagem recorre aos tempos de sua infância, onde ela e as sete irmãs enfrentavam grandes dificuldades, vivendo em uma favela, com alimentação escassa, temendo que a chuva derrubasse o frágil barranco onde viviam com a mãe passadeira e lavadeira de roupas. Entretanto, em meio a vida difícil que levavam, a mãe sempre inventava brincadeiras que faziam com que as meninas se esquecessem da fome e da dura realidade em que viviam.
Diante dos constantes prantos que caiam dos olhos da mãe que tinha consciência da vida difícil que vivia com suas filhas, a menina compara as lágrimas dos olhos da mãe com a chuva.     

Seus olhos se confundiam com os olhos da natureza. Chovia, chorava! Chorava, chovia! Então por que eu não conseguia lembrar a cor dos olhos dela?”


A personagem cresce e deixa sua casa em busca de melhores condições de vida e alcança seu intento. Deixa claro, no entanto, que nunca há de esquecer sua mãe e seus ancestrais africanos por reconhecer a importância que têm em sua vida e sua formação.

“(...) Eu entoava cantos de louvor a todas nossas ancestrais, que desde a África vinham arando a terra da vida com as suas próprias mãos, palavras e sangue. Não esqueço essas Senhoras, nossas Yabás, donas de tanta sabedoria.”

Em seu dilema sobre as memórias da infância, resolve retornar por um dia para finalmente rever sua mãe e descobrir qual a esquecida cor de seus olhos.
Ao chegar em sua antiga casa e reencontrar sua mãe, a velha se emociona e cai novamente em prantos e prantos, de onde a personagem tira a conclusão de que a cor dos olhos de sua mãe “era a cor de olhos d’água”.
Obviamente essas “águas” representam o pranto contínuo, dado todo o sofrimento enfrentado pela personagem em sua realidade social.

“E só então compreendi. Minha mãe trazia, serenamente em si, águas correntezas. Por isso prantos e prantos a enfeitar seu rosto. A cor dos olhos de minha mãe eram cor de olhos d’água. Águas de Mamãe Oxum! Rios calmos, mas profundos e enganosos para quem contempla a vida apenas pela superfície. Sim, águas de Mamãe Oxum!”  




Ana Davenga

O conto de Ana Davenga é narrado em terceira pessoa, narrador onisciente.
Mais uma vez temos a história de uma mulher negras, habitante de uma favela.
A história começa quando uma festa de samba se inicia no “barraco” de Ana Davenga, que desesperadamente procura a seu marido com seu olhar, mas não o encontra de início, ficando imensamente preocupada com seu paradeiro.
Ana era esposa de Davenga, chefe de uma milícia criminosa que fazia “reuniões” com seus comparsas dentro de sua casa. Ela começa a se lembrar que as vezes seu marido desaparecia por dias ou até mesmo semanas, até que um dia então retornava, são e salvo. Era parte de seu trabalho e talvez hoje ele tivesse dado mais um desses “sumiços”.
Ana também começa a se lembrar do início de seu relacionamento com o homem e o segredo que guarda do seu marido “aparentemente bruto”: Davenga chorava quando fazia sexo.

“Davenga que era tão grande, tão forte, tinha o prazer banhado em lágrimas. Chorava feito criança. Soluçava, umedecia seus corpos com as lágrimas de Davenga. E todas as vezes que ela via seu homem em seu gozo-pranto, sentia uma dor imensa”.


Ana se lembra de que aqueles homens que agora dançavam samba em seu barraco, antes não gostavam dela, já que ela era protegida de Davenga e sabia a todos os segredos da milícia.
O narrador retorna ao primeiro dia em que Davenga conhece Ana, durante uma festa de samba. Ele havia acabado de assaltar a um deputado e o narrador revela que o criminoso tinha prazer em ver a cara de desespero de suas vítimas e só por isso assaltou o moço.
Davenga paga uma bebida para a Ana e logo em seguida a leva para sua casa de onde ela nunca mais se foi.  Com o tempo a moça decide adotar o nome do marido e se torna Ana Davenga.
O narrador também revela que antes de Ana, Davenga namorou uma moça evangélica, filha de um pastor e fanática pelos cultos da bíblia, de nome Maria Agonia. Porém ele queria se casar com a moça, que não aceitou seu pedido, temendo dos perigos da vida criminosa de Davenga. Revoltado, matou a moça com vários tiros e revelou que não desejava uma mulher apenas para diversão, mas para construir uma família ao lado dela.
O tempo passou, Davenga chegou na festa e Ana finalmente percebeu que não se tratava de um samba, mas de um aniversário surpresa para ela.
A festa acabou e Ana e seu marido foram para o quarto, quando de repente policiais invadiram o barraco e deram voto de prisão para Davenga que estava nu. Os policiais permitiram que ele se vestisse e foi quando Davenga se lembrou que tinha uma arma escondida em sua camisa.
Sob o pretexto de que ia vestir a camisa, sacou a arma e tanto ele quanto a mulher foram mortos a tiros.
Então o narrador revela que durante o tiroteio Ana tentava proteger sua barriga: ela estava grávida e morrera ali, junto consigo, o sonho de florir a vida que a fecundava.

Duzu-Querença

Narrador onisciente em terceira pessoa.
A história começa revelando que Duzu era agora uma mendiga enlouquecida, que acreditava poder voar. Mas nem sempre foi assim.
Duzu chegou na cidade com sua família quando ainda era menina. O sonho do pai, Zé Nogueira, era que a menina fosse educada e tivesse um grande futuro. Para isso, confiou a educação dela à Dona Esmeraldina, que prometeu dar um emprego para menina, enquanto ela continuaria estudando. A família deixou a menina lá acreditando em tal promessa. Mas isso não era verdade e Duzu nunca recebeu educação, apenas trabalhava limpando lavando e secando para “as moças” da Dona Esmeraldina. O que Duzu não sabia era que onde trabalhava, na verdade era um prostíbulo.

“Era uma casa grande com muitos quartos. Nos quartos moravam mulheres que Duzu achava muito bonitas. Ela gostava de ficar olhando para os rostos delas. Elas passavam muitas coisas no rosto e na boca. Ficavam mais bonitas ainda. (...) A senhora tinha explicado a Duzu que batesse nas portas sempre. Batesse forte e esperasse um “pode entrar”. Um dia Duzu esqueceu de bater na porta e foi entrando. A moça do quarto estava dormindo. Em cima dela dormia um homem.”  


Conforme foi crescendo, Duzu entendeu a situação e começou a gostar de “entrar sem bater” nos quartos. Um dia, ao “entrar-entrando”, foi acariciada por um dos clientes das moças, que a deu uma nota de dinheiro de alto valor. Passou dias procurando por tal homem e quando o encontrou se prostituiu pela primeira vez, sem nem saber o que estava fazendo.
Duzu então começou a ganhar dinheiro pela prostituição, mas só entendeu que havia se tornado uma prostituta quando Dona Esmeraldina passou a cobrar uma parte do dinheiro que ela ganhava, já que a casa dos quartos era dela.
Duzu teve muitos fregueses e criou fama.   
Viveu em muitos prostíbulos e levou a difícil vida da prostituição por muitos e muitos anos, presenciando violência, exploração, drogas e assassinatos.
Teve nove filhos e alguns netos.
Dos seus netos, Tático e a menina Querença eram seus favoritos.
Já idosa, começou a enlouquecer depois que Tático morreu aos treze anos. Começou a relembrar as fantasias de faz-de-conta da infância e as lembranças começaram a se confundir com a realidade. Fez uma fantasia de carnaval com restos de lixo e se imaginou na “ala das baianas” quando caiu sobre a escadaria da igreja e morreu.
A história termina com reflexões da neta Querença, após descobrir da morte de sua vó, desejando uma vida melhor para si.