Maria
Narrador em terceira pessoa, onisciente.
Maria era uma senhora que acabava de voltar do trabalho, feliz por trazer na sacola restos de comida que seus patrões haviam deixado ela levar para casa: frutas que enfeitaram a mesa deles e umas sobras de pernil que ela ofereceria para os filhos. Como seus dois filhos pequenos estavam gripados e os xaropes eram caros, não ia sobrar muito dinheiro para comprar comida e por isso ela aceitava contente aos restos.
Trazia na mão um corte provocado por uma “faca a laser” que a atingiu enquanto ela cozinhava o tal pernil para os patrões e esperava o ônibus para ir para casa.
Quando o ônibus chegou, Maria deu de cara com um sujeito que fez questão de pagar a passagem dela e sentar ao seu lado: o pai do seu primeiro filho, mas com quem ela nunca teve relação nenhuma.
Sentado ao seu lado, o sujeito cochichava com ela perguntas sobre como estava o menino (filho dele), lamentações por não ter ficado com ela, perguntas sobre a vida dela e em fim pediu que ela desse um abraço no filho por ele.
Logo em seguida o sujeito se levantou, sacou uma arma e anunciou um assalto, junto de outros dois comparsas que sentavam no fundo do ônibus.
Maria temeu perder o único alimento que levaria para os filhos junto de uma gorjeta de mil cruzeiros que tinha juntado, o que era tudo o que tinha, mas nenhum dos assaltantes levou nada dela.
Terminado o assalto, os três saltaram do ônibus e desapareceram.
Não demorou muito para que um dos passageiros dos ônibus acusasse Maria de ser comparsa dos criminosos.
“ Foi quando uma voz acordou a coragem dos demais. Alguém gritou que “aquela puta safada lá da frente conhecia os assaltantes”. Maria se assustou. Ela não conhecia assaltante nenhum. Ela só conhecia o pai do seu primeiro filho. (...) Alguém argumentou que ela não tinha descido do ônibus só para disfarçar. Estava mesmo com os ladrões. Foi a única a não ser assaltada.
(...) Alguém gritou Lincha!Lincha!Lincha! (...) Quando o ônibus esvaziou, quando chegou a polícia, o corpo da mulher estava todo dilacerado, todo pisoteado.”
Maria morreu sem ter culpa de nada, desejando somente que pudesse dizer a seu filho que o pai tinha lhe mandado um beijo.
Quantos filhos Natalina teve?
Narrador onisciente em terceira pessoa. A personagem é uma menina negra, também habitante do subúrbio.
A história começa com uma moça contente por sua gravidez, acariciando a própria barriga.
Mas nem sempre foi assim e não era a primeira vez que Natalina estava grávida.
Na primeira vez que engravidou, o filho era do seu namorado chamado Bilico quando ela só tinha treze anos e a mãe sugeriu que fizesse um aborto na casa da temida Sá Praxades, uma senhora sinistra e de muita idade que colocava medo das crianças dizendo que comia meninos recém-nascidos. Na verdade a velha era quem praticava os abortos do bairro.
Com medo de Sá Praxades, Natalina fugiu de casa e nunca mais retornou. Deu o filho para uma enfermeira que queria a criança.
Na segunda vez que engravidou foi de seu namorado Tonho. Ela não queria o filho, mas Tonho queria e prometeu que se casaria com ela e fariam uma família juntos. Mas Natalina não queria família nenhuma e muito menos se casar, então Tonho prometeu que cuidaria sozinho da criança e assim fez. Quando o menino nasceu, Tonho o levou e nunca mais apareceu.
A terceira gravidez foi um favor que Natalina fez para a patroa. Trabalhava na casa de um casal muito rico que há tempos tentava uma gravidez, mas não conseguia. Então, um dia, a patroa implorou para que Natalina deixasse que seu marido fizesse um filho nela para que eles criassem, disposta a pagar o quanto ela quisesse. Natalina concordou e deu um filho para a patroa.
A sua quarta gravidez foi resultado de um crime. Perseguida por assaltantes, Natalina sofreu um estupro. Conseguiu arrancar a arma do criminoso e o matou, mas o resultado do crime foi a sua gravidez, da qual ela decidiu ficar com a criança.
Beijo na face
Terceira pessoa, narrador onisciente.
A história começa com a personagem principal lembrando de carinhos da noite anterior e do beijo na face que recebera.
O conto retrata a história de Salinda, uma mulher perseguida pelo marido, que contratou um detetive particular para persegui-la, crente de que ela o traia com um colega de trabalho.
Salinda namorou com ele quando era jovem, mas eles se separaram. Tempos depois ela teve um filho com um outro homem e anos mais tarde reencontrou esse seu primeiro namorado, que resolveu assumir a criança do outro e se casar com ela. Esse era o seu atual marido, com quem teve mais filhos.
O marido constantemente ameaçava tirar as crianças dela ou se suicidar caso descobrisse alguma traição e a mantinha vinte e quatro horas sob vigia, um verdadeiro cárcere privado.
Mas a tia de Salinda, Dona Vandu, era sua cúmplice e a ajudava em tudo.
Toda vigilância do marido não impedia que com a ajuda de Dona Vandu, Salinda concretizasse seus planos de amor: de fato ela traia o marido, mas não com um colega de trabalho como ele pensava e sim com outra mulher.
Um dia, Salinda chegou em casa e notou que o marido não estava e um silêncio profundo reinava no ambiente. Sentiu muito medo e minutos depois recebeu uma ligação do marido dizendo que já sabia de tudo e que ele contrataria os melhores advogados para tirar a guarda das crianças dela.
Sem ter o que fazer, Salinda se colocou diante do espelho a pensar nos amores que vivia com sua amante: os toques, o amor e o beijo na face.
Luamanda
Luamanda era uma senhora em seus cinquenta anos, que, no entanto, aparentava ser muito mais jovem.
Havia alguns dias que tinha sido tomada por uma nostalgia intensa e começa a se lembrar de cada um dos amores que já vivera até então, fazendo reflexões sobre a vida e suas experiências de amor.
O primeiro foi quando tinha onze anos e não fez mais do que trocar cartinhas com o dito cujo- a personagem faz sua primeira reflexão: “o amor é terra morta?”.
Aos treze teve segunda paixão, para quem deu a virgindade tirada em um terreno baldio. Em meio a dor e ao gozo ao mesmo tempo, faz sua segunda reflexão: o amor é terremoto?
Depois de muitos amores, revela os diversos abortos que sofreu e outros que provocou propositalmente- o amor são lágrimas de dor?- reflete ela.
Mais tarde a personagem revela suas experiências sexuais com outras mulheres, com meninos mais jovens e inexperientes, com homens de diversas naturezas e relete por fim: o amor cabe em um único corpor?
Revela também a paixão por um homem de muita idade que raramente "funcionava" na hora do sexo e reflete: amor é tempo de paciência?
"Entre encontros e desencontros, Luamanda estava em franca aprendizagem. Uma aprendizagem por dentro e fora do corpo. A cada amor vivido, Luamanda percebia que a lição encompridava, mas que ainda faltava testes, arguições, sabatinas e que ela sabia só um pouquinho ou talvez nem soubesse nada (sobre o amor) ainda."
A história termina com a mulher recebendo mais um de seus amores em casa e refletindo que "talvez o amor não suportasse um tempo de tão longa espera".
Conta a história da personagem Cida, que era viciada em seu trabalho e decide dar uma pausa para si e observar as coisas boas da vida que nunca observara, como o mar e a natureza.
Conta a história de duas gêmeas, Naíta e Zaíta, que moravam na favela e viviam constantemente ameaçadas pela raiva da mãe que surtava quando as meninas não guardavam seus brinquedos.
Um dia, Naíta e Zaíta disputavam uma figurinha que continha um desenho aromatizado de uma flor.
Naíta pega a figurinha sem que Zaíta perceba e se esconde na casa da vizinha.
Zaíta sai nas ruas a procura de sua irmã e morre em meio a um tiroteio.
Naíta encontra o corpo da irmã quando ainda se lamentava por não ter guardado os brinquedos.
Conta a história de um menino de rua apelidado de Di Lixão porque ele gostava de revirar latas de lixo, especialmente quando estava bravo.
Di Lixão acorda com uma estranha ferida na boca.
Tempos atrás ele matou a própria mãe por achar a "velha chata demais".
A ferida se transforma em infecção e o menino morre no meio das ruas.
Conta a história de um menino que vivia de vender produtos ambulantes, especialmente rosas para casais.
Lumbiá sempre tinha uma estratégia infalível para vender seus produtos e alcançava grande sucesso.
O menino era encantado pelo natal, especialmente pela cena do menino Jesus no presépio.
Sua paixão era tanta que o menino tenta roubar a imagem do menino-Jesus e morre atropelado enquanto fugia com a imagem nos braços.
Conta a história do jovem Kimbá, um jovem negro e pobre das favelas cariocas, descontente com a vida que vivia, que acaba se envolvendo em um triângulo amoroso depois que um de seus amigos ricos da zona sul do Rio o convida para um ménage à trois (isso mesmo que você está pensando) do qual ele sai apaixonado pela garota participante, a Beth. O que ele não sabia era que o amigo (homem) que tinha o convidado para a orgia, era apaixonado por ele.
Divido entre o amor de Beth e o amor do amigo, igualmente divididos, eles decidem se suicidar juntos, ingerindo veneno.
Conta a história de um trabalhador carioca, chamado Ardoca, que desde sempre conviveu com os trens cariocas.
Ele decide ingerir veneno e morrer ali, em meio aos vagões de trem que tanto amava.
O cooper de Cida
Conta a história da personagem Cida, que era viciada em seu trabalho e decide dar uma pausa para si e observar as coisas boas da vida que nunca observara, como o mar e a natureza.
Zaíta esqueceu de guardar os brinquedos
Conta a história de duas gêmeas, Naíta e Zaíta, que moravam na favela e viviam constantemente ameaçadas pela raiva da mãe que surtava quando as meninas não guardavam seus brinquedos.
Um dia, Naíta e Zaíta disputavam uma figurinha que continha um desenho aromatizado de uma flor.
Naíta pega a figurinha sem que Zaíta perceba e se esconde na casa da vizinha.
Zaíta sai nas ruas a procura de sua irmã e morre em meio a um tiroteio.
Naíta encontra o corpo da irmã quando ainda se lamentava por não ter guardado os brinquedos.
Di Lixão
Conta a história de um menino de rua apelidado de Di Lixão porque ele gostava de revirar latas de lixo, especialmente quando estava bravo.
Di Lixão acorda com uma estranha ferida na boca.
Tempos atrás ele matou a própria mãe por achar a "velha chata demais".
A ferida se transforma em infecção e o menino morre no meio das ruas.
Lumbiá
Conta a história de um menino que vivia de vender produtos ambulantes, especialmente rosas para casais.
Lumbiá sempre tinha uma estratégia infalível para vender seus produtos e alcançava grande sucesso.
O menino era encantado pelo natal, especialmente pela cena do menino Jesus no presépio.
Sua paixão era tanta que o menino tenta roubar a imagem do menino-Jesus e morre atropelado enquanto fugia com a imagem nos braços.
Os amores de Kimbá
Conta a história do jovem Kimbá, um jovem negro e pobre das favelas cariocas, descontente com a vida que vivia, que acaba se envolvendo em um triângulo amoroso depois que um de seus amigos ricos da zona sul do Rio o convida para um ménage à trois (isso mesmo que você está pensando) do qual ele sai apaixonado pela garota participante, a Beth. O que ele não sabia era que o amigo (homem) que tinha o convidado para a orgia, era apaixonado por ele.
Divido entre o amor de Beth e o amor do amigo, igualmente divididos, eles decidem se suicidar juntos, ingerindo veneno.
Ardoca
Conta a história de um trabalhador carioca, chamado Ardoca, que desde sempre conviveu com os trens cariocas.
Ele decide ingerir veneno e morrer ali, em meio aos vagões de trem que tanto amava.
Mto obrigado!!
ResponderExcluiressas historias me fazem dar mais valor a coisas que casualmente pensava, gostei do seu resumo e tava precisando muito! Obrigadao
ResponderExcluirobrigado pelo resumo, mas particularmente não gostei desse livro, ao meu ver indecente e inapropriado para ser escolhido como leitura obrigatória para vestibulares.
ResponderExcluirobrigado pelo resumo, mas particularmente não gostei desse livro, ao meu ver indecente e inapropriado para ser escolhido como leitura obrigatória para vestibulares. SITE MUITO BOM, livro ruim.
ResponderExcluirO livro ele conta fatos que ocorrem no dia a dia, a leitura desse livro é para o adolescentes com diarréia mental abrir a mente e pensar um pouco, desculpe a informalidade
ExcluirGostei muito do seu blog. Ajudou-me muito relembrar detalhes dos contos para um aulão que vou dar amanhã. Grato.
ResponderExcluirLixo pra krl
ResponderExcluirFaz as coisas completas, falta dois contos nessa porra! :3 cuidado que eu moido
ResponderExcluirSe nao esta satisfeito leia o livro completo querido e ve se respeita o trabalho dos outros, seu mal-educado e ingrato!
Excluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Excluirkpapkaospaksoapoa
ExcluirAdorei o livro. É muito fácil eu falar mal do trabalho do outro sem ter mergulhado na realidade que este livro traz. Obrigado pelo resumão.
ResponderExcluirQual foi o conto do livro que teve uma situação gritante de racismo?
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